Sesap recomenda que municípios fiquem atentos à taxa de transmissão da Covid-19 - PANORAMA DO ALTO

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terça-feira, 29 de setembro de 2020

Sesap recomenda que municípios fiquem atentos à taxa de transmissão da Covid-19


A atenção com a taxa de transmissibilidade é essencial para manter a contenção da pandemia do novo coronavírus no Rio Grande do Norte. A mensagem de alerta foi destacada pela subsecretária de Planejamento e Gestão da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), Lyane Ramalho, durante a coletiva de imprensa desta sexta-feira (25).

O índice R(t), que determina o potencial de propagação do vírus, está em 0,92 para o RN como um todo, segundo os dados do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). “Lembramos que o ponto de corte para que se tenha maior atenção é de 1,03, e esse índice pode oscilar, pois quanto mais relaxamos as medidas de proteção em um determinado local, mais alto fica o índice”, disse a subsecretária.

Estão com o índice acima de 1 as regiões do Mato Grande (1,31), Seridó (1,02), Potengi/Trairi (1,15) e Região Metropolitana (1,07). A Região Oeste está com taxa de transmissibilidade em 1,0, o Vale do Açu com 0,99, Alto Oeste em 0,89 e Agreste com 0,85.

“É importante que os gestores, que têm responsabilidade sanitária, dos municípios com índice acima de 1,3 desencadeiem medidas de suas vigilâncias sanitárias locais para que mantenham a pandemia sob controle”, completou Ramalho.

Em relação aos números de casos, os dados epidemiológicos apresentados apontam um total de 68.330 casos confirmados, 34.358 suspeitos e 137.778 descartados. O total de óbitos está em 2.368, sendo que nenhum ocorreu nas últimas 24 horas; 312 óbitos continuam em investigação.

Sobre a taxa de ocupação de leitos, o RN está com 40% dos leitos públicos de UTI Covid ocupados, o que significa que dos 255 leitos críticos cadastrados no Regula RN, 102 estão com pacientes com suspeita ou confirmação da Covid-19.

Os percentuais de ocupação de leitos por região são os seguintes: 36% na Região Metropolitana, 31% no Seridó, 27% na região do Potengi/Trairi. O Alto Oeste está com 60% de taxa de ocupação de leitos e o Oeste potiguar com taxa de 54%. As regiões Agreste e do Mato Grande permanecem com taxa de ocupação zerada.

IMPORTÂNCIA DA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

A subsecretária Lyane Ramalho lembrou que o mês de setembro foi especialmente dedicado à conscientização para a doação de órgãos. A campanha nacional desenvolvida pelo Ministério da Saúde, através do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), tem como marco o dia 27 de setembro, Dia Nacional da Doação de Órgãos.

No Rio Grande do Norte 347 pessoas esperam por um transplante de córneas e 249 por um transplante renal. “A espera por um transplante é um sofrimento que só acaba quando a pessoa recebe a ligação dizendo que surgiu um doador, e essa é uma ligação muito difícil de acontecer”.

Ela lembrou que durante a pandemia da Covid-19, no Brasil como um todo houve um decréscimo grande das doações, entre outros motivos, pelo aumento da recusa familiar. “É importante que os familiares se comprometam com a vontade do doador, pois no momento doloroso de perder um ente querido a doação traz um relato de amor”.

A coordenadora da Central Estadual de Transplantes do RN, Rogéria Medeiros, explicou que o setembro verde é uma campanha abrangente que objetiva chamar a atenção da sociedade para o tema da doação de órgãos, sensibilizar e levar esclarecimento a respeito deste tema que envolve dúvidas e tabus.

“O diagnóstico de morte encefálica é feito pelo médico da UTI e comprovado por exame de imagem. Depois disso a Organização de Procura de Órgãos é comunicada para iniciar o processo, que precisa receber o sim dos familiares”.

Ela explica que a partir da autorização da família é iniciada uma corrida contra o tempo. “O doador passa por testes para várias doenças, uma equipe captadora é acionada e a Central Nacional de Transplantes é comunicada para que nos indique quais as pessoas do nosso Estado são compatíveis com os órgãos doados, e o próximo passo é a tão esperada ligação telefônica”.

Consistem em um sistema complexo que envolve várias equipes, todos coordenados pela Centrais Estadual e Nacional de Transplantes. “Nossa legislação é única para todo o País, o que nos garante total transparência em todo o processo”, afirma. Atualmente, o Rio Grande do Norte realiza atualmente transplantes de córneas, rins e medula óssea.

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