O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu na última quinta-feira, 31, os ataques que o senador Otto Alencar (PSD) desferiu contra a oncologista Nise Yamaguchi durante uma sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, realizada em junho do ano passado.
“Esse homem é um dos maiores exemplos de dignidade na comissão da CPI”, disse o petista, em cerimônia de lançamento da pré-candidatura de Jerônimo Rodrigues (PT) ao governo da Bahia. “O esculacho que ele deu naquela médica japonesa, que não sabia o que estava falando, deve ter enchido o povo da Bahia de orgulho. Tenho certeza, Otto, que você receberá do povo da Bahia a consagração para continuar honrando o Estado.”
Os ataques
Em sessão realizada em 1º de junho de 2021, Alencar disse que Yamaguchi não tinha conhecimento algum para falar sobre a covid-19.
“A senhora não sabe nada de infectologia”, afirmou o senador. “Nem estudou, doutora. Foi aleatória, mesmo. Superficial. De médico audiovisual, esse plenário está cansado. De alguém que ouviu, viu e não leu. A senhora não poderia, de jeito nenhum, estar debatendo um assunto que não era do seu domínio.”
Em artigo publicado na Edição 63 da Revista Oeste, Rodrigo Constantino escreveu sobre a tentativa de desqualificação da médica. “Foi o ponto mais abjeto desse espetáculo medonho da CPI da Covid”, argumentou o colunista.
Silvio Navarro, repórter especial de Oeste, resumiu a situação. “Foi, sem dúvida, o pior dia da CPI”, tuitou. “Mas também o dia em que o jogo sujo ficou ainda mais claro: a politicalha dos cangaceiros com mandato. Retrato de um velho, mal-educado e pobre Brasil que ainda existe no Senado”.
Revista Oeste
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