No último dia 4, em discurso na Central Única dos Trabalhadores (CUT), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que os sindicalistas deveriam “ensinar a sociedade a cobrar dos deputados” de um modo diferente: em vez de realizar atos públicos em Brasília, pressionar os parlamentares nas cidades onde moram, perto de suas residências.
“Eu queria dizer pra vocês, com todo carinho, que fazer ato público na frente do Congresso Nacional não move uma pestana de um deputado. Quando a gente está dentro do Plenário, a gente não sabe se está chovendo lá fora, se está caindo canivete aberto, se está caindo granizo. A gente não sabe se estão xingando a gente ou xingando o presidente. Você só vai saber dos atos quando chegar em casa e ligar a televisão”, afirmou.
Segundo Lula, é necessário mudar a forma de fazer pressão sobre os parlamentares e essa forma de manifestação, de acordo com ele, sairia muito mais barata. “Agora é engraçado que a gente não aprendeu, com o movimento que a gente tem, a fazer pressão na cidade onde as pessoas moram. O deputado tem casa. Eles moram numa cidade. Nessa cidade tem sindicalista (...) Então se a gente, ao invés de tentar alugar um ônibus, gastar uma fortuna para vir para Brasília, que às vezes não resulta em nada, se a gente pegasse, mapeasse o endereço de cada deputado e fossem 50 pessoas na casa do deputado. Não é para xingar não, é para conversar com ele, conversar com a mulher dele, conversar com o filho dele, incomodar a tranquilidade dele. Eu acho que surte muito mais efeito do que a gente vir fazer manifestação em Brasília. (...) A gente vai ter que mudar o jeito de pressionar”, afirmou o ex-presidente.
Gazeta do Povo
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