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quarta-feira, 22 de junho de 2022

Dificuldade de ficar numa perna só pode indicar risco de morte, diz estudo

Pesquisa com participação de brasileiros aponta riscos para pessoas acima de 50 anos


Não conseguir se equilibrar sobre uma perna só por pelo menos dez segundos pode indicar risco de morte em até dez anos para pessoas acima de 50 anos. A conclusão é de uma pesquisa publicada na terça-feira 21 pela revista científica British Journal of Sports Medicine (BJSM).

O estudo contou com a participação de quatro pesquisadores brasileiros, além de outros da Austrália, Reino Unido, Finlândia e EUA. Ao todo, foram avaliados 1.702 voluntários, com idades entre 51 e 75 anos de idade, entre fevereiro de 2009 e dezembro de 2020. O objetivo da pesquisa era identificar a relação entre testes de aptidão física e problemas de saúde que podem levar à morte.

Segundo os resultados, a incapacidade de ficar em uma perna só está relacionada a uma chance 3,8 vezes maior de risco absoluto de morte. “É um risco muito maior do que ter diagnóstico de doença coronariana, ser obeso, hipertenso ou ser dislipidêmico. Então, é prioridade que o médico avalie também essa capacidade [de ficar em uma perna só]”, afirma o médico Claudio Gil Soares de Araújo, autor principal do artigo científico e diretor de pesquisa e educação da Clínica de Medicina do Exercício (Clinimex). Os pesquisadores recomendam ainda que o teste de equilíbrio seja incluído em exames de rotina para idosos.

Uma das hipóteses que explicariam o maior risco de mortalidade em pessoas acima dos 50 anos que apresentam problemas de equilíbrio é que elas estão mais sujeitas às quedas, de acordo com o médico Claudio Araújo. Para alertar sobre o risco, a Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu o dia 24 de junho como o Dia Mundial da Prevenção de Quedas.

Apesar dos números adquiridos pelo estudo, a pesquisa é observacional, ou seja, não pode estabelecer uma relação de causa e efeito porque consiste no registro sistemático de padrões de comportamento das pessoas.

Revista Oeste

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