A notícia, que foi manchete nesta quarta-feira (4) no site da Tribuna do Norte, preocupa os prefeitos tendo em vista o impacto que a mudança provocará nas finanças, com a queda dos repasses. A perda de verbas deve afetar principalmente as obras financiadas com recursos próprios desses municípios, podendo afetar os serviços das cidades.
A exemplo dos demais municípios, a perspectiva em Alto do Rodrigues é de que a revisão dos dados seja encarada como possibilidade de reverter o quadro, através do acionamento do seu setor jurídico e com a manutenção do diálogo com entidades representativas, avaliando até a possibilidade de judicialização do mérito, a fim de garantir os repasses como já vinha acontecendo.
Alto do Rodrigues teve 12.538 habitantes contabilizados na prévia do Censo 2022, um crescimento de 1,89% se comparado ao levantamento de 2010, mas uma baixa de 13,98% em relação à estimativa apontada pelo IBGE em 2021. O dado do ano passado colocava a cidade com coeficiente de FPM em 1.0, mas com a última divulgação o índice caiu para 0.8.
“Existem algumas zonas rurais no município que as pessoas se consideram altorodriguenses, votam e têm atendimento de saúde básica aqui, mas geograficamente, quando o recenseador chega na casa deles, as coordenadas dão fora do município. Então isso gera uma perda populacional significativa, que eu diria ser de mais de mil moradores”, afirmou o secretário de Administração e Planejamento do Alto do Rodrigues, Navison Baracho.
Para voltar ao coeficiente anterior, o município precisaria ter mais 1.047 habitantes do que foi mostrado na prévia do Censo 2022. A queda do coeficiente 1.0 para 0.8 representa uma perda média de 20% no percentual de repasses do FPM aos municípios potiguares, segundo levantamento da Femurn. Essa redução deve girar em torno de R$ 6 milhões ao ano na cidade e vai levar à redução de 80 a 100 cargos comissionados, além de afetar o andamento de obras de saneamento básico e construção de um conjunto habitacional, segundo Navison Baracho.
“O Alto do Rodrigues está tocando uma obra importante de saneamento básico com recursos próprios, em uma etapa orçada em mais de R$ 12 milhões, mas provavelmente a redução do FPM vai acabar provocando um atraso, para que a gente não sacrifique a saúde e educação, que são prioridades. Hoje a cidade conta com cinco escolas que funcionam em tempo integral, isso tem um custo elevadíssimo para se manter. Também já suplementamos o nosso Fundo Municipal de Saúde com R$ 2 milhões todo mês. É um prejuízo grande, mas estamos fazendo jogo de cintura e se readequando”, detalhou o secretário.
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