Subordinada à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, a Funarj é responsável pela promoção da cultura no estado e pelo gerenciamento de teatros, museus e centros culturais.
No ofício que determina o empenho dos R$ 3 milhões para o camarote de Castro, o presidente da Funarj, Jackson de Oliveira Emerick, alertou que o dinheiro tem origem no pagamento antecipado de um duodécimo que deveria ser destinado a produções culturais em teatros neste ano. Duodécimo é o termo usado para se referir ao repasse financeiro que o Executivo faz a fundações vinculadas a ele ou a outros Poderes.
No ofício enviado à Funarj, o governo de Cláudio Castro alega que a fundação tem “expertise em produção” e o acordo de cooperação técnica visa à “montagem do tradicional camarote do Governo do Estado”. O Executivo fluminense justifica o investimento pela “importância cultural do Carnaval”.
O camarote do governador, que não foi algo inventado por Castro, sempre foi um espaço em que tradicionalmente são recebidos parentes, aliados, amigos e familiares do governador da vez, além de, ocasionalmente, interessados em investir no Rio.
Procurados, o governo do Rio de Janeiro e a Funarj alegaram que o camarote financiado com verba para teatros é institucional e busca “incentivar e promover a cultura local”, além de “difundir o espetáculo”. Segundo o comunicado, o espaço foi uma contrapartida dada pelos organizadores do desfile do Carnaval. “Ao todo, o Carnaval terá um investimento de mais de R$ 62.5 milhões pelo governo estadual”, afirmou o governo.
Leia abaixo a íntegra da nota do governo do RJ:
“A Funarj tem como uma de suas finalidades promover e incentivar, no Estado do Rio de Janeiro, a difusão das atividades artísticas e culturais, como prevê sua legislação. Neste sentido, cabe ressaltar que o espaço destinado ao camarote do Governo do Estado do Rio de Janeiro no Sambódromo tem função institucional, cumprindo também o papel de incentivar e promover a cultura local. O espaço recebe autoridades fluminenses, do país e do exterior, a exemplo de representantes do trade turístico, colaborando para difundir o espetáculo e atrair mais investimentos, considerando a importância e o impacto do Carnaval no turismo e economia do Rio de Janeiro – e do país. Destaca-se ainda que o espaço a ser usado como camarote institucional é uma contrapartida dada pelos organizadores do evento pelo patrocínio do Governo do Estado às agremiações de todos os grupos e séries. Somente para o espetáculo das escolas de samba estão sendo destinados R$ 40,5 milhões, por meio de editais culturais e Lei de Incentivo à Cultura. Ao todo, o Carnaval terá um investimento de mais de R$ 62.5 milhões pelo governo estadual, incluindo o novo calendário de eventos na Cidade do Samba.”
Com informações de o Metrópoles
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