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terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Hospitais públicos e privados colapsam com epidemia de dengue no DF

Metrópoles visitou hospitais no DF e constatou que todas as unidades sofrem para conseguir atender à alta demanda de pacientes com dengue



Com 47,4 mil casos prováveis de dengue e 11 mortes em apenas 33 dias do ano, o Distrito Federal vive o reflexo da epidemia da doença também nos atendimentos em hospitais. As redes públicas e privadas colapsaram devido à demanda crescente de pessoas com o vírus ou demais problemas de saúde. O Metrópoles percorreu diferentes unidades em pontos distintos da capital do país e verificou que os brasilienses não têm para onde correr.

Após três horas esperando, o marceneiro Marcos Layonardo Almeida, 35, e a dona de casa Claudiana José da Silva, 30, saíram do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) sem conseguir fazer o exame de dengue na bebê de cinco meses Cecília Sophia Almeida. Ela chorava de dor e chegou à unidade com 39ºC de febre por volta das 14h, recebendo a pulseira amarela para atendimento urgente.

“A febre não baixava em casa e decidimos vir para cá”, contou a mãe. A alta temperatura atormentou a noite de sono da menina e dos pais, que acompanharam, ao longo da madrugada, o termômetro não sair da casa dos 38ºC.

Apesar de suspeitar de dengue, os pais não tiveram o diagnóstico. “Fomos orientados para ir à UPA [Unidade de Pronto Atendimento] ou para as tendas e fazer o exame lá, que aqui está sem”, disse.

Cecília recebeu como receita dipirona e recomendação para volta depois


Questionados se iriam para a UPA ao sair dali, os pais de Cecília responderam juntos: “Não adianta”. Dois dias antes de a filha apresentar os sintomas, Claudiana, também se sentindo fraca, teria ficado das 20h de sábado até as 4h da madrugada de domingo esperando por atendimento – que não aconteceu – na UPA de Ceilândia.

“Eu com dor, minha filha pequena esperando para ser atendida e nada”, contou Claudiana. “Esse tempo todo o painel ficou parado sem chamar ninguém. Voltamos para casa e passei a tomar paracetamol por conta própria”, disse.

Também no HMIB, uma moradora de São Sebastião, que não quis se identificar, disse que aguardava desde as 11h, e já eram 16h, para que o filho fosse atendido. Ele apresentava quadro de febre alta em casa, mas passou pela triagem sem o estado febril e ficou com a pulseira verde para o atendimento, o que significa pouca urgência.

“Com a verde, não faço nem ideia de que horas vamos ser chamados. E estou aqui porque lá em São Sebastião o atendimento é pior”, contou.
Longa espera e vômito

A reportagem foi ao Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) e pediu para fazer o exame de dengue, detalhando sintomas típicos da doença. No entanto, foi informada de que a unidade só atende pessoas com ambulância, mas, se quisesse tirar dúvidas e solicitar um exame, poderia conversar com a enfermeira na área clínica. A previsão era de três horas para passar pela triagem e fazer o exame.

Na UPA de Ceilândia, a paciente Vaneide Batista, 41, filmou outras pessoas esperando atendimento. Uma mulher chega a vomitar enquanto aguarda ser atendida. 

Com informações de o Metrópoles

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