Em agosto do ano passado, a deputada federal Adriana Ventura (Novo-SP) enviou um requerimento ao TCU pedindo que a Corte de Contas realizasse uma auditoria para investigar possíveis irregularidades em repasses do incra para a Casa Brasileira de Pesquisa e Cooperação, uma ONG que presta assessoria técnica e jurídica ao MST, e para a AMBP Promoções e Eventos Empresariais LTDA, empresa responsável pela produção de eventos.
“Não podem existir regras diferenciadas para o MST e outros amigos do governo. Estamos de olho e vamos sempre acionar o TCU quando virmos indícios de irregularidades, como neste caso”, disse a deputada.
Os repasses do Incra para as entidades foram destinados para a realização da Feira do MST, em maio do ano passado, no Parque da Água Branca, em São Paulo. Juntas, a Casa Brasileira de Pesquisa e Cooperação e a AMBP Promoções e Eventos Empresariais receberam R$1.271.145,25.
O plenário do TCU decidiu nesta quarta-feira, 28, que a superintendência do Incra deve se pronunciar, em até 15 dias, sobre as justificativas para os serviços prestados após a contratação da empresa e da ONG.
A Corte de Contas também exigiu que o Incra envie, no mesmo prazo, documentos que mostrem qual foi o planejamento da contratação das entidades e como a AMBP Promoções e Eventos Empresariais participou da realização do evento. O TCU também exigiu o acesso ao sistema da superintendência regional que detalha os processos de pagamento.
Diário do Poder
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