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Mensagens reveladas pela Folha de S. Paulo mostram que Tagliaferro, ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED), era responsável pela apuração, investigação e elaboração de relatórios encomendados pelo então presidente do TSE.
“Posso afirmar que a direita foi mais investigada sim. Poucas e raras as pessoas de esquerda para quem recebi demandas de investigações. Isso é estatístico. Basta olhar meus relatórios e a quantidade de perfis e contas que bloqueamos no curso das eleições”, disse Tagliaferro em entrevista ao blog do Fausto Macedo, do Estadão.
Indagado sobre qual seria a orientação de Moraes acerca das investigações, Tagliaferro voltou a dizer que a ordem era cumprir o trabalho de forma rápida e que não havia alternativa em não cumprir o que era ordenado.
“Cumprir as suas ordens com celeridade e conteúdo robusto. Não existia alternativa de dizer não ou deixar de fazer o que era mandado. Várias vezes trabalhávamos de fim de semana, precisávamos voltar em emergência para trabalho presencial em Brasília”, disse na mesma entrevista.
Ele também negou que tenha sido o responsável por vazar as conversas com Airton Vieira, juiz auxiliar de Moraes no STF. Na quinta-feira (22), ele prestou depoimento na Polícia Federal sobre o caso.
“Não faz sentido algum atrapalhar as investigações. Tenho interesse que os responsáveis pelo vazamento do meu telefone e a sua consequente inutilização sejam identificados e responsabilizados. Mas, apesar disso tudo, tenho medo sim”, afirmou ao veículo paulista.
Gazeta do Povo
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