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terça-feira, 6 de agosto de 2024

Em carta, 30 ex-presidentes pressionam Lula a defender democracia na Venezuela

Foto: reprodução


Em uma carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira, 5, trinta ex-chefes de Estado da América Latina e Espanha pediram para que o mandatário brasileiro pressione mais a Venezuela em defesa da democracia na região.

“Os ex-chefes de Estado e de governo que subscrevem esta mensagem, membros da Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (Idea), exortamos a Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República Federativa do Brasil, a reafirmar seu inquestionável compromisso com a democracia e a liberdade, as mesmas de que gozam seu povo, e a fazê-la prevalecer também na Venezuela”, afirmam os signatários na carta.

Na nota, os ex-presidentes afirmaram que o verdadeiro vencedor das eleições presidenciais venezuelana foi Edmundo González, candidato opositor ao mandatário Nicolas Maduro. Além disso, escreveram que são porta-vozes da maioria dos venezuelanos e destacam o número de prisões, torturas, desaparecimento e mortes que já aconteceram desde o início dos protestos contra a reeleição de Maduro. Até o momento, 12 mortes já foram relatadas.

“Eles estão protestando em defesa de seu voto, estão resistindo pacificamente, guiados por María Corina Machado e por quem, como demonstram os relatórios eleitorais que são de conhecimento público e foram coletados pelas testemunhas na seção eleitoral, foi eleito presidente, Edmundo González Urrutia. A Venezuela tem o direito de fazer uma transição para a democracia”, conclui a carta.

O documento foi assinado por integrantes do grupo Idea, fórum composto de 37 ex-líderes mundiais. Entre eles estão o argentino Maurício Macri, os mexicanos Álvaro Uribe e Iván Duque, o equatoriano Guillermo Lasso e o boliviano Carlos Mesa. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também é integrante do Idea, mas não assinou a carta.

Lula e Venezuela

Lula ainda não reconheceu a vitória de Maduro declarada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) no domingo, 28. O presidente brasileiro também cobrou que o governo venezuelano divulgasse as atas eleitorais, que até o momento não vieram a público por parte do regime, mas atenuou o tom e não acusou fraude.

“É normal que tenha uma briga. Como resolve essa briga? Apresenta a ata”, disse Lula.

Durante sua visita ao Chile nesta segunda-feira, Lula e o mandatário chileno, Gabriel Boric, conversaram a portas fechadas sobre a situação da Venezuela.

A oposição venezuelana alega que González venceu com 73% dos votos, enquanto Maduro teria arrematado menos de 30% (segundo o CNE, o presidente da Venezuela teria vencido com 51%). O principal ponto de questionamento é que até o momento o regime não divulgou os resultados na totalidade, desagregados por mesa de votação, enquanto a oposição fez esforços para obter e divulgar esses dados.

Lista dos signatários

Mario Abdo, Paraguai

Óscar Arias S., Costa Rica

José María Aznar, Espanhaa

Nicolás Ardito Barletta, Panamá

Felipe Calderón, México

Rafael Ángel Calderón, Costa Rica

Laura Chinchilla, Costa Rica

Alfredo Cristiani, El Salvador

Iván Duque M., Colômbia

José María Figueres, Costa Rica

Vicente Fox, México

Federico Franco, Paraguai

Eduardo Frei Ruiz-Tagle, Chile

Osvaldo Hurtado, Equador

Luis Alberto Lacalle H., Uruguai

Guillermo Lasso, Equador

Mauricio Macri, Argentina

Jamil Mahuad, Equador

Hipólito Mejía, República Dominicana

Carlos Mesa G., Bolívia

Lenin Moreno, Equador

Mireya Moscoso, Panamá

Andrés Pastrana, Colômbia

Ernesto Pérez Balladares, Panamá

Jorge Tuto Quiroga, Bolívia

Mariano Rajoy, Espanha

Miguel Ángel Rodríguez, Costa Rica

Luis Guillermo Solís R., Costa Rica

Álvaro Uribe V., Colômbia

Juan Carlos Wasmosy, Paraguai


Blog do Gustavo Negreiros

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