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MPF investiga governos Lula e Barbalho por megaincĂȘndio

Fogo consome metade da Terra Indígena Anambé, no nordeste do Parå

MegaincĂȘndio consome Terra IndĂ­gena AnambĂ©, desde 28 de outubro, na AmazĂŽnia no ParĂĄ (Fotos Reprodução/Redes sociais)


Um megaincĂȘndio que jĂĄ consumiu mais da metade da ĂĄrea de Floresta AmazĂŽnica da Terra IndĂ­gena (TI) AnambĂ©, em Moju, no nordeste do ParĂĄ, levou o MinistĂ©rio PĂșblico Federal (MPF) a exigir providĂȘncias e explicaçÔes de ĂłrgĂŁos pĂșblicos dos governos do presidente Lula (PT) e do governador Helder Barbalho (MDB). O ĂłrgĂŁo ministerial formalizou na sexta-feira (8), os pedidos por informaçÔes e sobre a destruição pelas chamas iniciadas em 28 de outubro.

O fogo empurrou a comunidade de povos originårios para acampamentos improvisados no limite do território indígena. A gravidade dos riscos para esses brasileiros que subiram simbolicamente a rampa do Planalto com Lula, em 2023, é evidenciada pelo relato do MPF de que eles buscam conter o avanço das chamas em meio à escassez de alimentos e de ågua potåvel.

“Segundo lideranças AnambĂ©, a quantidade de brigadistas do Corpo de Bombeiros em atuação na ĂĄrea Ă© insuficiente, e os indĂ­genas tĂȘm lutado para conter o fogo, mas a falta de equipamentos e de capacitação adequados dificultam esses esforços. O clima seco e a vegetação da mata contribuĂ­ram para a rĂĄpida propagação das chamas”, disse o MPF.

ApĂłs jĂĄ ter exigido que Barbalho legalize a anunciada venda de quase R$ 1 bilhĂŁo em crĂ©ditos de carbono do Estado do ParĂĄ, o cerco Ă  inĂ©rcia dos governos estadual e federal tambĂ©m inclui abertura de investigação criminal ambiental, pela suspeita de que as queimadas sĂŁo resultados de açÔes criminosas que ocorrem diante da omissĂŁo ou incompetĂȘncia de ĂłrgĂŁos dos gestores aliados.

Veja as cobranças feitas aos governos de Lula e Barbalho, pelo procurador da RepĂșblica Oswaldo Poll Costa:

  • ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais RenovĂĄveis (Ibama) e ao Corpo de Bombeiros Militar do ParĂĄ: informaçÔes sobre quais açÔes de combate ao incĂȘndio estĂŁo sendo adotadas, incluindo o nĂșmero de brigadistas e equipamentos enviados Ă  regiĂŁo. Ao Ibama tambĂ©m foi solicitada a avaliação preliminar dos danos causados Ă  fauna e Ă  flora;
  • Ă  Diretoria de Licenciamento do Ibama: informaçÔes sobre as condicionantes relacionadas Ă  prevenção e combate a incĂȘndios florestais contempladas nos licenciamentos ambientais das empresas do setor elĂ©trico Equatorial e Eletronorte, na extensĂŁo que compreende a implantação de linha de transmissĂŁo de 500 kV TucuruĂ­/Vila do Conde – 3Âș Circuito;
  • Ă  Fundação Nacional dos Povos IndĂ­genas (Funai): informaçÔes sobre as medidas adotadas para prestar assistĂȘncia Ă  comunidade indĂ­gena afetada pelo incĂȘndio, incluindo o fornecimento de ĂĄgua potĂĄvel, alimentos, medicamentos e outros itens de primeira necessidade;
  • Ă  Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Estado do ParĂĄ e Ă  Defesa Civil do MunicĂ­pio de Moju: adoção de providĂȘncias para garantir a segurança e o bem-estar da comunidade indĂ­gena, especialmente no que diz respeito Ă  segurança alimentar.
  • Ă  Coordenação Regional do Baixo Tocantins da Funai: manifestação sobre a inclusĂŁo da TI AnambĂ© no Programa de Brigadas Federais IndĂ­genas do Ibama/Prevfogo de 2024;;
  • Ă  PolĂ­cia Federal: realização de diligĂȘncias na ĂĄrea com o objetivo de apurar suspeitas de que o incĂȘndio tenha se originado em uma fazenda vizinha Ă  TI.
DiĂĄrio do Poder

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