Cirurgia de Lula retirou hematoma de 3 centímetros - PANORAMA DO ALTO

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quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Cirurgia de Lula retirou hematoma de 3 centímetros



Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de 79 anos, está em recuperação após passar por uma cirurgia para a drenagem de um hematoma que tinha cerca de 3 centímetros decorrente de hemorragia intracraniana. A equipe médica do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, informou nesta terça-feira (10) que o procedimento foi bem-sucedido e que o presidente está estável, consciente, alimentando-se normalmente e sem qualquer comprometimento cerebral. A cirurgia, que durou cerca de duas horas, foi realizada após o presidente apresentar dores de cabeça e sonolência, sintomas relatados por ele na segunda-feira (9).

Os exames indicaram a presença de um hematoma frontoparietal, localizado fora do cérebro, associado a uma queda sofrida em outubro, quando Lula bateu a cabeça no banheiro do Palácio da Alvorada. Segundo os médicos, o hematoma foi completamente drenado, e a cirurgia descomprimiu o cérebro. A equipe destacou que casos como esse são comuns em pessoas idosas após quedas. “Às vezes, o hematoma aparece meses depois do acidente”, explicou o neurologista Rogério Tuma.

O presidente permanecerá em observação na UTI por 48 horas como medida de precaução.

A previsão é de que Lula receba alta no início da próxima semana e retome suas atividades de forma gradual, dependendo de sua evolução clínica. O cardiologista Roberto Kalil, um dos responsáveis pelo acompanhamento, afirmou que o presidente está bem e deverá seguir com a vida normalmente após a recuperação. “Não há necessidade de exames frequentes como tomografias semanais. O presidente terá alta e poderá retomar sua rotina sem restrições permanentes”, destacou.

Inicialmente, Lula foi atendido na unidade do Hospital Sírio-Libanês em Brasília, mas, após avaliação da equipe médica, foi transferido em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para São Paulo, onde o procedimento foi realizado. A decisão pela transferência, segundo Kalil, foi tomada como uma opção da equipe médica e não por falta de capacidade de atendimento em Brasília.

Lula havia descrito a queda que causou o trauma em entrevista anterior. O incidente ocorreu em outubro, quando o presidente perdeu o equilíbrio ao se levantar de um banco no banheiro do Palácio da Alvorada, batendo a cabeça com força. Ele chegou a relatar que, na ocasião, pensou ter sofrido uma lesão grave devido à intensidade do impacto. Por enquanto, apenas a primeira-dama, Janja, está autorizada a visitá-lo no hospital. Segundo a equipe médica, não há indicativos de complicações futuras, mas o presidente continuará sendo monitorado para garantir sua recuperação completa.

Pacote fiscal
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta terça-feira (10) que a hospitalização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não atrapalhará o andamento de pautas prioritárias para o governo no Congresso, como a aprovação do pacote fiscal.
Em conversa com jornalistas, o ministro disse que há um compromisso por parte dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em votar as medidas.

“Ouvimos dos presidente [Lira e Pacheco] o compromisso em fazer tudo o que for necessário para garantir a votação das medidas que reforçam o cumprimento do marco fiscal. O fato de o presidente Lula estar hospitalizado não impede que esse ritmo e compromisso de votações tenham continuidade para que possamos concluir o ano com essas regras consolidadas”, declarou Padilha.

Lula se reuniu na segunda-feira (9) com Lira e Pacheco para chegar a uma solução em relação à liberação das emendas e evitar que o Congresso não vote nenhuma das propostas de interesse do governo, incluindo o Orçamento de 2025.

Tribuna do Norte

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