Fabiano, de 47 anos, foi indicado à presidência dos Correios pelo grupo Prerrogativas, um coletivo de advogados alinhado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Próximo de figuras como o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR), filho do ex-ministro José Dirceu, Fabiano é conhecido por sua relação de proximidade com o presidente, o que lhe rendeu o apelido de “churrasqueiro de Lula”.
A grave situação financeira levou os Correios a implementarem um teto de gastos de R$ 21,96 bilhões para 2023, decisão comunicada em outubro. Um documento detalhando as ações para conter o rombo foi colocado sob sigilo, mas obtido pelo Poder360. Entre as medidas determinadas estão:Suspensão de contratações temporárias: por 120 dias, mesmo em situações que tradicionalmente demandariam reforço de mão de obra;
- Renegociação de contratos: com redução mínima de 10% nos valores em vigor;
- Encerramento de contratos: prorrogações só ocorrerão se resultarem em economia comprovada.
Essas ações visam mitigar o impacto de uma receita estimada em R$ 20,1 bilhões para 2024, bem abaixo da projeção inicial de R$ 22,7 bilhões. Mesmo com as medidas de contenção, a estatal ainda estima um déficit de R$ 1,7 bilhão no próximo ano.
Risco de insolvência
Em comunicado, os Correios justificaram que as medidas são indispensáveis para evitar o risco de insolvência – ou seja, a incapacidade de honrar compromissos financeiros sem auxílio do Tesouro Nacional. “Tais medidas visam, fundamentalmente, recompor o saldo orçamentário e retomar o equilíbrio econômico-financeiro”, destaca trecho do documento.
Gestão sob críticas
Desde que assumiu o comando, Fabiano Silva dos Santos tomou decisões que, segundo especialistas, agravaram a situação orçamentária da empresa. Com a necessidade de reverter os prejuízos e evitar um colapso financeiro, a gestão dos Correios está no centro de uma crise que coloca em xeque sua sustentabilidade.
Com informações do Poder360
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