Segundo os analistas, a inflação de 2024 fechará em 4,90%, o equivalente a 0,4 ponto percentual acima do teto da meta de 4,5% (veja na íntegra).
Já para 2025 a situação será parecida, com 4,84%, um pouco menor do que o previsto na semana passada de 4,96%. Uma redução começará a ocorrer apenas em 2026, quando a inflação deve atingir 4,01% e iniciar uma trajetória para o centro da meta (3%) em 2027, quando ficará em 3,83%.
Os dados devem chamar a atenção do governo, já que impactam diretamente na definição da taxa básica de juros que hoje está em 12,25% com previsão de mais dois aumentos em 2025. Segundo o Focus, a Selic atingirá um pico de 14,75% no ano que vem.
O futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem sido categórico em afirmar que o Comitê de Política Monetária (Copom) manterá um pulso firme com a política econômica mais restritiva até conseguir levar a inflação de volta para o centro da meta – ou seja, manter os juros mais altos pelo tempo necessário.
Pouco antes do Natal, Lula gravou uma mensagem ao mercado financeiro reforçando o compromisso de não interferir na autonomia do Banco Central, o que era aguardado para provar que não pretende forçar uma redução da taxa básica de juros sem as condições econômicas necessárias.
Gazeta do Povo
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