A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) confirmou a presença do norovírus em amostras de fezes de pacientes atendidos na Baixada Santista após um aumento significativo de casos de viroses na região.
Em nota, a SES destacou a necessidade de monitoramento constante e orientou os municípios a notificarem casos suspeitos e reforçarem as medidas de prevenção. Conheça o vírus, seus sintomas e as formas de preveni-lo
Quais os sintomas de uma virose?
Como o nome sugere, o termo "virose" refere-se a todas as infecções causadas por vírus. Apesar disso, o termo geralmente é usado para aquelas que afetam o estômago e o intestino.
Esses quadros são frequentemente acompanhados por sintomas como diarreia, náusea, dor abdominal e vômitos. E os principais agentes por trás disso são o rotavírus e o adenovírus, que são altamente transmissíveis.
Embora tais sintomas também possam ser causados por bactérias, como a Escherichia coli (E. coli), quando há surtos com muitos casos simultâneos, a causa normalmente é viral, explica Ralcyon Teixeira, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
Além dos sintomas digestivos, viroses também podem provocar febre, dores no corpo, dor de cabeça e até manchas na pele, segundo a infectologista Ariane Melaré, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Como ocorre a transmissão?
É importante reforçar que o termo virose é bastante amplo, já que se refere a qualquer doença causada por um vírus. A transmissão, portanto, depende do agente infeccioso. Apesar disso, as principais viroses são as respiratórias e as gastrointestinais.
As respiratórias são transmitidas por gotículas da boca ou do nariz da pessoa infectada para a pessoa saudável. Já as que afetam o tubo digestivo têm essa forma de transmissão e também a via fecal-oral.
Isso quer dizer que as viroses podem ser contraídas a partir do contato com materiais fecais contaminados com o vírus, explica o gastroenterologista Gerson Nogueira de Morais, do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE).
Dessa forma, a transmissão pode se dar a partir da ingestão de alimentos ou líquidos, mas também pelo contato com outros objetos infectados.
Por que é mais comum nesta época do ano?
Esse tipo de infecção se torna particularmente frequente durante o verão. Os motivos para isso são diversos: as altas temperaturas favorecem que alimentos estraguem e, com as praias e cidades litorâneas cheias, mais pessoas têm contato com água do mar sem qualidade e o saneamento fica sobrecarregado, podendo levar a um tratamento inadequado da água.
Além disso, o infectologista Marcelo Otsuka lembra que o despejo clandestino de esgoto em praias é "um problema recorrente no Brasil" e facilita a propagação da contaminação de uma área para outra. "Isso representa um risco especial para crianças, que podem ingerir acidentalmente água contaminada", afirma o consultor da SBI.
Terra Brasil com o Terra
Atualizado às 07h41
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