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Lula fez 7% de Oiticica, menos que o governo Jair Bolsonaro

Bolsonaro ao lado de Rogério Marinho liberando R$ 38 milhões para obra em 24 de junho de 2021 | Foto: TV Brasil



O presidente Lula desembarca no Rio Grande do Norte nesta quarta-feira (19) para inaugurar a Barragem de Oiticica, no Seridó potiguar. No entanto, dados oficiais do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop) revelam que a atual gestão não foi a que mais contribuiu financeiramente para a conclusão do empreendimento, cuja execução foi acelerada durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, especialmente sob a gestão de Rogério Marinho no Ministério do Desenvolvimento Regional.

Quando Lula assumiu a Presidência, em 2023, apenas 7% restavam para a finalização da obra, que já estava 93% concluída.

Os números mostram que a construção da Barragem de Oiticica ganhou mais impulso após o impeachment de Dilma.


De 2011 a 2016, no governo Dilma Rousseff (PT), a obra recebeu R$ 139,6 milhões, correspondendo a 19% do total necessário.
Após o impeachment, entre 2016 e 2022, os investimentos somaram R$ 446 milhões, que correspondem a 60% dos pagamentos da obra. Deste, R$ 292,2 milhões foram pagos na gestão Bolsonaro, quando o empreendimento recebeu o impulso decisivo para sua conclusão, permitindo que o empreendimento chegasse a 93% de conclusão antes do atual governo assumir.

Em valores correntes, a média anual de pagamento nos governos petistas foi de R$ 82 milhões, frente à média de R$ 105 milhões nos governos Temer e Bolsonaro, valor 28% superior.

Por que a obra não foi concluída antes?

Em 2022, a Barragem de Oiticica já estava com 93% de sua estrutura pronta, e havia previsão de conclusão dentro daquele ano. No entanto, o governo Fátima Bezerra (PT) não conseguiu concluir a construção das agrovilas a tempo, nem viabilizar as etapas burocráticas necessárias para a execução da estrutura dentro do prazo previsto.

A demora na construção das agrovilas impediu que a barragem fosse entregue ainda em 2022, mesmo com os recursos garantidos e a infraestrutura principal já praticamente finalizada. O impasse gerou críticas sobre a capacidade de gestão do governo estadual e contribuiu para o adiamento da entrega de um projeto aguardado há décadas.

Agora, com a conclusão oficial da obra, a Barragem de Oiticica finalmente começará a cumprir seu papel de transformar a realidade hídrica do Seridó e garantir um futuro mais seguro para a população potiguar.

Protagonismo de Rogério Marinho garantiu avanço da obra

A aceleração da Barragem de Oiticica ocorreu graças à dedicação do então ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, que garantiu a liberação dos recursos necessários para a execução da obra. A prioridade dada ao empreendimento foi fundamental para que a população do Seridó pudesse, enfim, ver a barragem se tornar uma realidade.

Agora, Lula chega para inaugurar uma obra que foi essencialmente viabilizada por gestões anteriores. O evento marca não apenas a finalização de um projeto aguardado por anos, mas também expõe a diferença de prioridades entre governos quando se trata de infraestrutura e investimentos no Nordeste.

A Barragem de Oiticica é uma das mais esperadas obras hídricas do Rio Grande do Norte e um marco para a segurança hídrica do Seridó. Com capacidade para armazenar 590 milhões de metros cúbicos de água, o reservatório garantirá abastecimento para milhares de famílias, impulsionando o desenvolvimento da região e fortalecendo setores como a agropecuária e a indústria.

A barragem, que é a porta de entrada no RN para as águas da transposição do Rio São Francisco – obra concluída no Governo Bolsonaro -, será fundamental para evitar colapsos hídricos em tempos de estiagem, proporcionando uma distribuição mais eficiente dos recursos hídricos na região. Além disso, a estrutura tem potencial para impulsionar projetos de irrigação e perenização de rios, beneficiando diretamente a economia do interior potiguar.

Lula chega às 9h30 em Mossoró e vai ao Seridó

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarca no Rio Grande do Norte nesta quarta-feira(19) para cumprir uma sequência de compromissos, incluindo sobrevoo na Barragem de Oiticica e participação em um ato na nova comunidade de Barra de Santana.
A visita contará com a presença da governadora Fátima Bezerra, do ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e do diretor-geral do DNOCS, Fernando Leão e deve durar cerca de três horas.

A previsão é que o presidente pouse no Aeroporto Dix-Sept Rosado, em Mossoró, às 9h30. No local, será recepcionado por autoridades estaduais antes de embarcar em um helicóptero com destino à Barragem de Oiticica, onde fará um sobrevoo para acompanhar a conclusão da obra. A decolagem está programada para acontecer entre 12h30 e 13h.

Após a visita técnica à barragem, o presidente segue para a nova Barra de Santana, comunidade construída para reassentar famílias impactadas pelo empreendimento hídrico. No local, participará de um ato oficial que reforça o compromisso do Governo Federal com a segurança hídrica no Rio Grande do Norte e a finalização das obras de Oiticica, que beneficiará milhares de potiguares.

Uma espera histórica

A luta pela construção da Barragem de Oiticica remonta a décadas. Desde os anos 1950, a população do Seridó reivindica a implantação de um reservatório de grande porte que pudesse minimizar os efeitos das secas prolongadas.

O presidente Lula, inclusive, poderia ter iniciado a obra nos seus dois primeiros mandatos se esta fosse realmente uma prioridade para o PT.

Mas, foi somente em 2013, após 10 anos de administrações petistas, que a obra teve início. Porém, sua execução enfrentou diversos desafios, entre cortes de recursos e burocracias, até que, no governo Bolsonaro, a barragem foi alçada à condição de prioridade nacional e avançou de forma acelerada até praticamente sua conclusão.

Tribuna do Norte

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