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Nova interdição na Ponte de Igapó deve acontecer nesta terça-feira



O início da pavimentação da faixa remanescente da Ponte de Igapó, no sentido Centro-Zona Norte, anunciado para esta segunda-feira (19) pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), não aconteceu. A interdição, prevista para ocorrer das 6h às 17h com redução temporária para duas faixas de tráfego durante o dia, ainda não foi implantada, contrariando o comunicado oficial do órgão federal divulgado na última sexta-feira (16). Segundo o DNIT, a interdição será realizada a partir desta terça-feira (20), a depender das condições climáticas. A ausência de movimentação no local pegou de surpresa condutores que transitam diariamente pela ponte e esperavam mudanças no tráfego.

Segundo o comunicado anterior, após as 17h, uma faixa adicional seria liberada, totalizando três faixas operacionais até a conclusão dos serviços. A expectativa do DNIT era de que todas as quatro faixas da ponte estivessem plenamente liberadas até o final de maio.. No entanto, a reportagem da TRIBUNA DO NORTE esteve na ponte no início da manhã e verificou que não houve alteração no trânsito, que segue sob o regime adotado desde 28 de abril, com uso de faixas reversíveis e circulação liberada em três pistas.

O DNIT informou, através de nota, que “não houve necessidade efetiva do bloqueio previsto” porque houve a retirada de resíduos da via e a preparação para receber a camada de asfalto.

A falta de clareza sobre o cronograma tem gerado insatisfação entre os motoristas, sobretudo entre os que dependem da via diariamente para se deslocar entre as zonas Norte e Leste da cidade. Nivaldo Ferrão, 56 anos, morador da Zona Norte, conta que tem evitado o trecho da ponte por causa dos constantes congestionamentos. “Eu só passo porque eu trabalho, mas tento evitar o máximo possível. Vai ter esse fechamento, mas também não foi avisado se vai voltar aquela restrição”, relata, criticando a ausência de informações claras para a população.

A restrição, citada por Nivaldo, se refere à proibição da circulação de veículos particulares no horário de pico da manhã, entre 6h e 8h, que estava em vigor desde janeiro de 2024 e foi retirada no fim de abril, após a liberação de uma nova faixa. Anteriormente, apenas veículos de transporte público podiam utilizar o trecho nesse horário. No anúncio anterior do DNIT, não foi esclarecido se essa prática retornará.

Na ponta do lápis, os reflexos do atraso têm impacto direto nos custos e na rotina dos condutores. Fagner Araújo, 41, que também utiliza a ponte com frequência, reclama dos engarrafamentos e do aumento no consumo de combustível provocado pelas rotas alternativas. “Já fiquei mais de 50 vezes preso no engarrafamento. Quando está nessa situação [de trânsito], eu acabo pegando por dentro de São Gonçalo do Amarante e aí se eu gastava R$70,00 de combustível, eu vou gastar R$100,00”, disse.

As obras de reestruturação da Ponte de Igapó fazem parte do Programa de Manutenção e Reabilitação de Estruturas (PROARTE) e estão em andamento há 19 meses. Com início dos serviços em setembro de 2023, a intervenção total, que inclui reforço estrutural, substituição do pavimento, melhorias nas fundações e implantação de ciclovia, tem previsão de entrega para maio de 2025. Ao todo, o investimento é de R$ 30 milhões.

Desde a última liberação da faixa, a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) iniciou a implementação da faixa reversível e da faixa exclusiva de ônibus em horários pré-determinados na Avenida Felizardo Moura, que antecede a chegada à Ponte. Segundo a pasta, ainda estão aguardando novas informações do DNIT para definir os próximos passos.


Tribuna do Norte

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