O principal fator por trás do aumento é a elevação dos gastos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo setorial que financia políticas públicas e subsídios no setor elétrico, como descontos para irrigação, incentivo a energias renováveis e programas de universalização do serviço.
Em julho, a Aneel aprovou um orçamento de R$ 49,2 bilhões para a CDE em 2025, dos quais R$ 46,8 bilhões serão repassados diretamente aos consumidores via tarifas. O valor é R$ 8,6 bilhões superior à estimativa inicial do ano, em parte devido à devolução menor de créditos tributários de PIS/Cofins cobrados indevidamente pelas distribuidoras no passado.
A CDE, embora pouco conhecida pelo público, é uma das principais engrenagens na formação da conta de luz, e sua expansão impacta imediatamente as tarifas.
Além dos encargos, o cenário hidrológico também pressiona os preços. A Aneel projeta que as bandeiras tarifárias continuarão acionadas até o fim do período seco, em novembro. Atualmente, vigora a bandeira vermelha patamar 2, a mais cara, que adiciona R$ 9,79 a cada 100 kWh consumidos. A expectativa é de retorno à bandeira verde apenas em dezembro, com a chegada do período úmido e a recuperação dos reservatórios.
O aumento das tarifas de energia elétrica é um ponto de atenção para a política econômica. Além de pesar no orçamento das famílias, pode pressionar o índice de preços ao consumidor, exigindo maior vigilância do Banco Central no combate à inflação.
Mossoró Notícias
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