Apesar do alto investimento, os dados indicam que as medidas adotadas não foram suficientes para conter a expansão da população em situação de rua. Especialistas atribuem o aumento à combinação de uma economia em declínio, com desemprego e informalidade crescentes, aumento do custo de vida e ausência de políticas estruturantes que promovam autonomia e oportunidades reais.
O levantamento mostra ainda que mais de 60% da população em situação de rua está concentrada na Região Sudeste, enquanto a Região Norte representa menos de 5%. Entre os estados, São Paulo lidera o ranking com 146.940 pessoas, seguido por Rio de Janeiro (31.693), Minas Gerais (31.410), Bahia (15.045) e Paraná (13.854).
O perfil demográfico indica que 85% dos moradores de rua são homens, 70% se autodeclaram negros, quase 10 mil têm menos de 17 anos e cerca de 32 mil são idosos acima de 60 anos.
O cenário evidencia que programas assistenciais de alto custo, sem uma estratégia econômica sustentável, apresentam alcance limitado. Especialistas alertam que, enquanto os gastos sociais permanecem elevados, a ausência de crescimento econômico consistente e de políticas eficazes de geração de emprego ameaça transformar a crise social em um problema crônico e irreversível.
Folha do Estado
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