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Vereador protocola pedido de cassação de Brisa do PT


O vereador Matheus Faustino (União) encaminhou pedido de cassação do mandato da vereadora Brisa Bracchi (PT) ao presidente da Câmara Municipal de Natal (CMN), vereador Ériko Jácome, por falta de decoro parlamentar ao usar R$ 18 mil de dinheiro público para bancar o “Rolê Vermelho”, evento de caráter político-partidário, ocorrido em 9 de agosto, que comemorava “Bolsonaro na Cadeia”.

No pedido apresentado na segunda-feira (18), Matheus Faustino aponta violação à Constituição (art. 37), improbidade administrativa (Lei nº 8.429/1992) e infração ao Regimento Interno da Câmara. “Não podemos admitir que dinheiro público seja usado para festas político-partidárias. É desvio de finalidade e falta de decoro”, denunciou.

O caso segue para análise da Comissão de Ética da CMN, integrada por três vereadores – o presidente Tony Henrique (PL), o vice-presidente Chagas Catarino (União Brasil) e como membro Daniel Valença (PT).

Para fundamentar o pedido de cassação de mandato da vereadora petista, Faustino informou que consta nos autos e documentos oficiais obtidos no Portal da Transparência da Prefeitura de Natal, que Brisa Bracchi destinou recursos de emenda impositiva para financiar o evento denominado “Rolê Vermelho”, realizado em 09 de agosto de 2025, na “Casa Vermelha”, espaço vinculado a grupos ligados ao Partido dos Trabalhadores (PT).


Conforme registros oficiais, foram pagos R$ 15 mil à cantora Khrystal e banda; R$ 2,5 mil à banda Skarimbó e R$ 500,00 ao DJ Augusto, totalizando R$ 18 mil com recursos públicos oriundos de emenda impositiva da vereadora Brisa Bracchi.


Além disso, segundo Faustino, o mesmo evento contou com R$ 31 mil destinados pela ex-vereadora Ana Paula para contratação da cantora Tanda Macedo, elevando os gastos totais da festa a R$ 49 mil.

“A irregularidade é agravada pelo fato de que o evento foi expressamente divulgado como comemoração à prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, inclusive com vídeo-convite gravado pela vereadora Brisa Bracchi e pela deputada estadual Isolda Dantas (PT), configurando clara finalidade político-partidária e de promoção pessoal, em afronta ao princípio da impessoalidade e da moralidade administrativa”.

Diante do exposto, Faustino solicitou a instauração imediata do processo de cassação do mandato da vereadora Brisa Bracchi, com base nos artigos 124 a 127 do Regimento Interno da Câmara Municipal de Natal, além da remessa dos autos à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, para instrução processual, garantindo-se contraditório e ampla defesa.

Matheus Faustino ainda requereu que seja feita comunicação ao Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) para apuração de eventual prática de improbidade administrativa e crime de peculato-desvio e a condenação da vereadora à perda do mandato, por violação dos princípios constitucionais e regimentais, configurando ato de desvio de finalidade e utilização de verba pública em benefício político-partidário.

Outro lado

Em nota, Brisa Bracchi disse que “sempre apoiou a cultura de Natal, incentivando iniciativas em todas as zonas da cidade, nas diversas linguagens artísticas, valorizando artistas locais e fortalecendo espaços culturais da cidade”;


Segundo a vereadora, o evento do dia 09, “se insere nesse compromisso”, conforme publicado um dia antes no “Diário Oficial do Município”, edição nº 5823. “Nosso mandato limitou-se a apoiar o evento “Rolé Vermelho” destinando orçamento para contratação de parte dos artistas de notoriedade pública na cidade que se apresentaram no dia, em processos conduzidos com lisura, responsabilidade e transparência”.

Para ela, “notadamente, há uma tentativa de se distorcer a verdade, afirmando que o orçamento teria sido direcionado para ação de caráter partidário do Partido dos Trabalhadores, e veiculando um valor que não corresponde ao que fora destinado pelo mandato. Tais elementos não são verdades e compõem uma narrativa que visa criminalizar a atuação de quem defende a cultura”.

“A tentativa de instaurar um processo de cassação do nosso mandato comprova como querem se utilizar dos fatos já elucidados para promover perseguição política à nossa atuação dentro da Câmara e na cidade. Não é a primeira vez que o vereador Matheus Faustino se utiliza desses caminhos para tentar deslegitimar parlamentares do Partido dos Trabalhadores. Não nos silenciarão.”, diz a nota.


Tribuna do Norte

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