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Desafio de grávidas no TikTok com Tylenol, criado para confrontar Trump, termina em tragédia

 


Por Kaina Michelin
@KarinaMichelin

O mais novo “desafio do dia” no TikTok: grávidas ingerindo Tylenol para provar que o medicamento é seguro. O resultado já é trágico. Uma mulher, ao tentar seguir a tendência, sofreu overdose de paracetamol e está internada em estado crítico, com insuficiência hepática, entre 23 e 25 semanas de gestação. Segundo Nicole Sirotek, diretora-executiva da American Frontline Nurses — rotulada durante a pandemia como “desinformadora” pelo cartel da mídia — o caso chegou às 4h da manhã, em um telefonema desesperado de um marido: sua esposa está na UTI, em ventilação mecânica, com grave falência hepática, após tentar provar que o Tylenol não causa autismo, como ouvira no noticiário. 

A mãe provavelmente morrerá e a criança pode sofrer sequelas irreversíveis. 

 Enquanto isso, no Brasil, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, preferiu classificar como “fake news” qualquer associação entre paracetamol e autismo. Ignorou inclusive a declaração da própria fabricante:

“Não recomendamos nossos produtos durante a gravidez e eles não foram testados para uso durante a gravidez.”

Ao sufocar o debate de forma precipitada, Padilha repete o roteiro já visto na pandemia: desqualificar questionamentos legítimos e impedir qualquer chance de confirmar ou refutar riscos com base na ciência. Enquanto Trump alertava para possíveis efeitos do paracetamol na gestação, o ministro da Saúde do Brasil optou por tratar o tema de forma leviana - enterrando a discussão científica e expondo mães e crianças a um perigo evitável.  

Os ataques concentram-se agora contra Harvard, que publicou estudo ligando o uso de Tylenol na gestação ao risco aumentado de autismo. Mas um estudo do Johns Hopkins também apresentou dados semelhantes.

A reação oficial do regime, é desqualificar pesquisas científicas e impor silêncio. Os alertas se acumulam - mas autoridades e “especialistas” parecem mais preocupados em proteger narrativas do que mães e crianças. Esses, sim, são os verdadeiros negacionistas.


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