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| resultados revelaram 138 mutações no gene do capsídeo viral, estrutura fundamental para que o vírus consiga infectar células e se multiplicar - Foto: Getty Images |
A descoberta amplia o entendimento sobre a diversidade dos circovírus, tradicionalmente restritos a animais, e reforça a necessidade de vigilância frente a doenças emergentes. “A descoberta do HCirV-1 não apenas alerta para os riscos de doenças emergentes, mas também abre caminhos para novos estudos sobre vírus desconhecidos”, resume o professor Jonas Ivan, do Departamento de Biofísica e Farmacologia (DBF/UFRN).
Os resultados revelaram 138 mutações no gene do capsídeo viral, estrutura fundamental para que o vírus consiga infectar células e se multiplicar. Para Jonas Ivan, essa constatação traz um alerta para a saúde pública, sobretudo em relação a pacientes imunossuprimidos ou com doenças hepáticas, que podem estar mais suscetíveis a esse tipo de infecção.
O trabalho foi conduzido pela doutoranda Maria Karolaynne da Silva, do Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Biologia Molecular (PPGBqBM/UFRN), sob a orientação do professor Jonas Ivan. A pesquisa foi realizada em colaboração com cientistas do International Council of Molecular Modelling, rede internacional que reúne mais de 30 instituições.
A pesquisa contou com o suporte da elevada capacidade de processamento dedicada às análises de modelagem molecular, notadamente à predição, otimização e validação de conformações tridimensionais dos epítopos preditos. Nesse processo, o papel do Núcleo de Processamento de Alto Desempenho (NPAD/UFRN) foi essencial. O Núcleo disponibilizou a infraestrutura necessária para análises de modelagem molecular em larga escala, garantindo velocidade e eficiência em cálculos complexos. Segundo Jonas Ivan, o suporte técnico do NPAD também foi decisivo para otimizar rotinas computacionais e reduzir significativamente o tempo de processamento das simulações.
Ao revelar regiões do vírus com capacidade de estimular resposta imune, as descobertas abrem caminho para o desenvolvimento de vacinas e terapias específicas contra o HCirV-1. A equipe já planeja novos experimentos pré-clínicos, como testes em células e modelos animais, para confirmar a capacidade de infecção do vírus e validar os dados obtidos por meio de predições computacionais. Se os resultados forem confirmados, será possível avançar para a criação de plataformas de imunodiagnóstico e até mesmo protótipos de vacinas de mRNA, seguindo a tendência das tecnologias mais modernas no campo da imunologia.
Portal da UFRN
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