Nos bastidores petistas, a avaliação é de que uma desistência de Walter enfraqueceria a candidatura de Fátima ao Senado e desgastaria ainda mais o governo. Nesse cenário, a sigla trabalharia para que Natália Bonavides assumisse a missão de disputar a vaga no Senado, enquanto Fátima terminaria o mandato e, em caso de reeleição de Lula, poderia ocupar um cargo em ministério posteriormente. Além disso, manter a governadora no cargo evitaria a abertura de espaço para uma eventual eleição suplementar que favorecesse a oposição.
A mudança também serviria, segundo interlocutores, como estratégia para fortalecer o PT no pleito proporcional, permitindo atrair nomes e compor uma bancada mais robusta. A avaliação é de que a governadora no comando do Estado aumentaria o poder de articulação e tornaria mais atraente a entrada de novos aliados na federação.
Walter, por sua vez, só deve assumir o governo se conseguir alterar o quadro financeiro que encontrou em análises recentes, que apontam um déficit de cerca de R$ 4,7 bilhões. Sem perspectiva de melhora significativa, ele teme assumir riscos administrativos que possam comprometer salários e acordos, além de desgastar sua imagem. Ele segue articulado com Ezequiel Ferreira (PSDB), com quem planeja dividir legenda em 2026, e avalia concorrer à Assembleia Legislativa caso não veja condições de assumir o Executivo.
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