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quarta-feira, 6 de março de 2024

Dengue: Médico alerta para riscos da automedicação

Imagem ilustrativa


Em meio a explosão de casos de dengue no Brasil, como também no Rio Grande do Norte, muitas pessoas recorrem à automedicação, através de pesquisas pela internet ou seguindo aconselhamento de pessoas que não detém total conhecimento do assunto. Esses caminhos, que não são os indicados por médicos especialistas da área, podem culminar no agravamento do caso clínico do paciente.

Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, o infectologista Aurélio Braulio esclarece que a orientação correta ao paciente com um quadro febril de início agudo é procurar um médico, para que seja examinado e receba o direcionamento em relação à conduta, seja terapêutica, de medicamentos, e também se há necessidade de fazer acompanhamento laboratorial com exames.

Segundo o médico, costumeiramente as pessoas optam por se automedicar, mas se tratando da dengue, há um risco. Geralmente, são utilizados remédios como aspirina, anti-inflamatórios e corticóides, que não são usados contra a doença.

“Não é que o medicamento vá induzir à dengue hemorrágica. Ele pode induzir a um sangramento, porque o entendimento da dengue hemorrágica é um pouquinho diferente. A pessoa pode ter dengue hemorrágica sem ter um sangramento ativo e, às vezes, ter só um sangramento provocado, que a gente faz costumeiramente no consultório, que é a prova do laço. E a pessoa pode ter dengue clássica com sangramento. O sangramento nem sempre quer dizer que seja dengue hemorrágica, mas é sempre um sinal de alarme, um sinal de alerta”, detalha.

Aurélio pondera que os casos de dengue clássica, normalmente, são tratados com repouso, ingestão de bastante líquido e sintomático. Em geral, com uso da dipirona e do tylenol, evitando medicamentos como aspirina, anti-inflamatórios e corticóides.

Vacinação
No Rio Grande do Norte, de acordo com dados fornecidos pela Secretaria de Saúde Pública do RN (Sesap) nesta terça-feira (5), 10.333 doses foram aplicadas e registradas pelos municípios no sistema do Ministério da Saúde. A Sesap informou que segue acompanhando a evolução dos dados, e aguarda o fechamento do primeiro mês para fazer uma avaliação do cenário. A capital do Estado decretou emergência no último sábado.

Em Natal, dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) registraram mais de 700 casos de arboviroses entre os meses de janeiro e fevereiro, dos quais 90% são ocorrências de dengue. A SMS informou à reportagem que até o sábado (2), 5.105 doses foram aplicadas no município.

O município de Natal recebeu 18.806 imunizantes contra a dengue do Ministério da Saúde, para atender o público-alvo de crianças e adolescentes, entre 10 e 14 anos. Inicialmente, a campanha ocorreu em oito unidades de saúde nos cinco distritos de Natal, e nas últimas semanas, foram disponibilizados pontos extras de vacinação, além do oferecimento do imunizante em mais dez unidades da capital potiguar. Desde segunda-feira (4), a vacina começou a ser ofertada em todas as unidades básicas de saúde do município.

Em reunião no último sábado (2), também foi definido que a vacinação será levada às escolas da rede municipal, visto que o público alvo definido pelo Ministério da Saúde está na faixa etária dos alunos do ensino básico.


Tribuna do Norte

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