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domingo, 3 de março de 2024

Diretor da Petrobras é suspeito de orquestrar greve para forçar acordo que causaria prejuízo de R$ 500 milhões

Foto: reprodução


A Petrobras instaurou uma sindicância para apurar os detalhes de um contrato com a petroquímica Unigel que causaria um prejuízo estimado em R$ 500 milhões à estatal. A companhia investiga se William França, diretor-executivo de Processos Industriais e ex-dirigente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), simulou uma greve nas unidades de fertilizantes da Unigel para pressionar pela assinatura do contrato.

Segundo o jornal O Globo, o diretor teria mencionado em uma conversa no Microsoft Teams, aplicativo usado para encontros virtuais, a necessidade de orquestrar uma greve. Isso justificaria a urgência em finalizar o contrato, sob a alegação de que, sem ele, as fábricas seriam fechadas. As consequências seriam as reações sindicais e as possíveis greves na petroleira.

França, que também preside o conselho de administração da Transpetro, enfrenta escrutínio na gestão do CEO da Petrobras, Jean Paul Prates. Recentemente, houve denúncias de pressão sobre subordinados para concluir o negócio.

O contrato alvo de investigação foi firmado em 29 de dezembro de 2023, num momento em que as fábricas de fertilizantes arrendadas à Unigel enfrentavam paralisações por questões financeiras.

A Petrobras, sob o acordo, assumiria o fornecimento de gás natural para produção e venda dos fertilizantes. A viabilidade da operação foi questionada tanto por técnicos da companhia quanto pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que projetaram um prejuízo de R$ 487 milhões em oito meses por causa da disparidade entre os preços do gás e dos fertilizantes.

Revista Oeste

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