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domingo, 3 de março de 2024

Fio Cruz desvia dinheiro da saúde indígena para bancar viagens de coordenador para o exterior

Foto: reprodução


A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), órgão vinculado ao Ministério da Sáude, desviou uma verba destinada ao programa de fortalecimento da saúde indígena para bancar viagens ao exterior do pesquisador Guilherme Franco Netto. Acompanhado da mulher, o funcionário esteve em três países em cinco ocasiões: Portugal, França e Estados Unidos.

O total desviado foi de R$ 310 mil, conforme divulgou a Folha de S.Paulo nesta quinta-feira, 29.

Netto é bolsista e coordenador do programa. Ele fez as viagens ao longo de dois anos acompanhado da esposa, Lorena Covem Martins, que também é bolsista do projeto coordenado pelo marido.

Com o dinheiro proveniente de um contrato com o Ministério da Saúde, atualmente chefiado pela ex-presidente da Fiocruz, a socióloga Nísia Trindade, o casal de pesquisadores esteve três vezes em Coimbra, em Portugal; uma vez em Paris, na França; e outra no Estado do Colorado, nos EUA.

Equanto Netto recebeu milhares, outros tiveram valores mínimos

Enquanto Netto recebeu R$ 310 mil, a segunda colocada no ranking de diárias de viagens ficou com R$ 51,4 mil, menos de um sexto do obtido pelo coordenador do programa.

O pesquisador que menos recebeu foi contemplado com apenas R$ 176.

Lorena, esposa de Netto, ficou em quinto lugar no ranking, com um total de R$ 31 mil em diárias de viagens.

Fora Netto, apenas cinco pessoas foram contempladas com subsídios superiores a R$ 10 mil por mês, sendo o mais alto de R$ 12 mil.

Ao todo, 845 integrantes do projeto de fortalecimento da saúde indígena receberam diárias.

Revista Oeste

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