Lula 3 enfrenta crise de popularidade no segundo ano de gestão | Foto: Fabio Rodrigues-Lula 3 enfrenta crise de popularidade no segundo ano de gestão Pozzebom/Agência Brasil |
Todas as pesquisas sobre a popularidade de Lula divulgadas em 2024 indicam queda na avaliação positiva. Essa tendência se reflete também dentro da Câmara dos Deputados, segundo levantamento da Genial/Quaest publicado na quarta-feira, 22.
A taxa daqueles que avaliam de forma positiva o governo petista caiu de 35% para 32% no mesmo período. Os que avaliam como regular somaram 26%, ante 30% na última pesquisa. O 1% restante não soube ou não quis responder.
Considerando-se a classificação de acordo com o alinhamento ao governo, a pesquisa traçou que 70% dos deputados da base aprovam a gestão de Lula, ante 74% em agosto de 2023. Já os independentes que aprovam o petista foram de 18% para 15%. Na oposição, a avaliação positiva permaneceu em 2%.
RELAÇÃO COM O CONGRESSO
O levantamento também mapeou como os deputados avaliam a relação do governo Lula com o Congresso. Das respostas, 43% julgaram a relação como negativa, com uma alta de 2 pontos sobre a taxa em agosto. Do outro lado, 22% classificaram como positiva. Antes, era de 24%. Por fim, os que definiram como regular foram de 32% para 33%.
Apesar disso, o número de deputados que julgam que o Executivo tem dado a atenção devida aos congressistas aumentou no período considerado.
Os deputados informaram se já foram recebidos por ministros do atual governo. Deles, 77% disseram que sim e 19% disseram que não. Outros 3% disseram que nunca buscaram ser recebidos.
Entre os que fazem parte da base de governo, os encontros com ministros são mais comuns: 92% informaram que já se encontraram com chefes de ministérios na Esplanada. Dos independentes, foram 90%. Na oposição, o índice cai para 50%.
META FISCAL
A Genial/Quaest perguntou aos deputados se eles acreditam que o governo cumprirá a meta de déficit zero prevista para 2024. Das respostas, 80% disseram que não e 16%, que sim. Os 4% restantes não responderam.
Questionados sobre qual seria o alvo ideal caso a meta fosse alterada, 44% disseram que a meta fiscal deveria ser definida até 0,5%. Outros 11% citaram um objetivo de até 0,75%. Mais 13% mencionaram uma meta fiscal de até 1%.
A pesquisa realizou 183 entrevistas com deputados federais em exercício (35% do total), de 29 de abril a 20 de maio. A coleta de dados se deu de duas formas: com entrevistas presenciais e questionários on-line. A margem de erro é de 4,8 pontos para mais ou para menos.
RELACIONAMENTO
A pesquisa perguntou: “Como avalia a atencão dada pelo Governo aos parlamentares?”. Eis as respostas:
64% disseram que “dá menos atenção do que deveria”; antes, eram 67%
27% disseram que “dá a devida atenção”; antes, eram 20%
4% disseram que “dá mais atenção do que deveria”; antes, eram 7%
5% não responderam
Pesquisas sinalizaram a vaia dos prefeitos a Lula
O presidente Lula (PT) tem condicionado aparições públicas a eventos “controlados”, segundo o jargão de segurança de autoridades, onde não enfrente o risco de apupos. Mas a “25ª Marcha dos Prefeitos” ato em recinto fechado ao qual compareceu nesta terça (21) em Brasília, mostrou que Lula já não está protegido de vaias e xingamentos nem mesmo nos chamados “eventos controlados”. A situação pôde ser “lida” nas seguidas pesquisas nacionais, dos últimos meses, registrando crescente repulsa.
As vaias causaram espanto porque prefeitos em geral vivem em Brasília de pires na mão, bajulando autoridades em busca de recursos.As pesquisas ainda não especificam as razões da reprovação de Lula, mas a taxação excessiva e a falta de entregas são fatores considerados. Para Cláudio Humberto, do Diário do Poder os brasileiros estão irritados com Lula. O Quaest apontou um alerta: 55% dos brasileiros acham que Lula “não merece ser reeleito”.
A pesquisa ainda questionou aos participantes a posição de seus partidos com relação ao Executivo: se de oposição, de integração à base ou de independência. Ao todo, 49% disseram fazer parte do governo, 28% se classificaram como oposição e 21% independente.
Tribuna do Norte
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