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terça-feira, 20 de agosto de 2024

Moraes mandou prender executiva do X após busca pela pessoa errada e presunção de má fé


Foto: reprodução


Ao anunciar o encerramento das atividades de seu escritório no Brasil, a rede social X divulgou a ordem judicial que motivou a decisão. No documento, o ministro Alexandre de Moraes supõe “má-fé” da representante do X por não conseguir localizá-la, e ameaça prender a mulher “por desobediência à determinação judicial”. A decisão também estabelece multa diária de R$ 20 mil e afastamento imediato da diretora caso suas ordens não sejam cumpridas.

De acordo com o documento, a Secretaria Judiciária do Supremo Tribunal Federal (STF) intimou a pessoa errada da empresa para depor — apesar de dados da companhia e da gestora estarem disponíveis para consulta pública no site da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp). Na ficha da empresa, é possível verificar que o homem intimado erroneamente pelo STF deixou a direção do X em abril deste ano.

O site da Jucesp não é citado pela equipe do STF, que afirma ter sido informada por colaboradores do X sobre o engano. A Secretaria Judiciária tentou, então, contato com a atual diretora das operações no Brasil por e-mail, mas sem sucesso.

A Gazeta do Povo enviou mensagem nesta segunda-feira (19) para o endereço citado na decisão de Moraes — rvillla@br4businnes.com —, mas recebeu uma mensagem de erro. A reportagem também tentou endereços similares, como rvillla@br4business.com, no qual corrigiu a palavra inglesa “business”, traduzida como “negócios”. Nessa tentativa, não obteve comunicado de falha na entrega, o que pode indicar um equívoco de digitação, por exemplo.

No entanto, Moraes não cogitou essa possibilidade e, assim que o mandado de intimação foi devolvido sem cumprimento, o ministro interpretou a situação como “má-fé” da diretora da empresa, ameaçando prisão caso a empresa não respondesse no prazo de 24 horas.

Segundo ele, a mulher estaria “tentando evitar a regular intimação da decisão proferida nos autos, inclusive por meios eletrônicos”. O documento foi protocolado dia 16 de agosto.

Gazeta do Povo

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