O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) decretou a falência da Sete Brasil, criada em 2010 para atuar como afretadora de sondas em meio a planos multibilionários concebidos para explorar o petróleo do pré-sal.
Na decisão, vista pela Reuters, a Justiça apontou um descumprimento por parte da companhia do plano de recuperação judicial.
O processo de recuperação judicial da Sete Brasil teve início em 2016, após a empresa ter sido envolvida em escândalos de corrupção, investigados pela operação Lava Jato.
“Da extensa trajetória do presente feito recuperacional, verifica-se que a recuperanda não apresenta mais condições para seu soerguimento”, afirmou a decisão.
Segundo a Justiça, durante os oito anos de recuperação judicial, foram realizadas 44 assembleias e apresentadas 18 versões do Plano de Recuperação Judicial.
O passivo a descoberto, segundo a decisão, aumentou para 36 bilhões de reais, citando ainda um aumento de despesas administrativas.
Procurada, a Sete Brasil informou que recebeu com “surpresa a decisão do juízo de decretação da sua falência antes de prazo fixado pelos credores na Assembleia Geral de Credores e está recorrendo da decisão”.
A companhia, na qual a Petrobras detém 9,75% de participação, disse ainda que “confia” na possibilidade da recuperação judicial, conforme medidas já tratadas no processo e alinhadas com os credores.
Os outros sócios da Sete Brasil são os bancos Bradesco, Santander, BTG Pactual e os fundos de pensão Petros, Previ, Funcef, segundo a assessoria de imprensa da empresa.
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