Equador diz não ao comunismo e elege Noboa como presidente

O Equador disse não ao comunismo do ex-presidente Rafael Corrêa e elegeu Daniel Noboa como presidente do país.

Segundo os últimos dados, Noboa tinha 55,95% (5.2 milhões) dos votos contra 44,05% (4.1 milhões) da esquerdista Luisa González, herdeira política do corrupto Corrêa, com 87,41% dos votos apurados.

Noboa está no poder desde novembro de 2023, quando o ex-presidente Guillermo Lasso dissolveu o Congresso e abriu caminho para a realização de eleições antecipadas em meio a um julgamento político.

Sua rejeição à política tradicional lhe rendeu o apoio de setores urbanos, classes médias e produtivas. Em questões econômicas, Noboa se apresentou como um defensor da dolarização.

Assinou acordos com empresas de tecnologia como Google e Amazon, com o objetivo de digitalizar serviços públicos e combater a corrupção.

Do alto de um tanque de guerra vestindo colete e capacete à prova de balas, Noboa declarou guerra ao crime organizado e colocou os militares nas ruas, inspirado em Nayib Bukele, presidente de El Salvador.

Os narcotraficantes "nunca imaginaram que eu teria colhões para declarar guerra contra eles", disse à revista New Yorker em junho.

Noboa afirma ter diminuído a taxa de homicídios do recorde de 47 por 100.000 habitantes em 2023 para 38 por 100.000 em 2024.

Desde a eleição de Trump, Noboa tem buscado o apoio do presidente americano para lutar contra o crime organizado e não descarta a volta de bases militares estrangeiras, incluindo a intervenção militar direta dos EUA para ajudar a combater a criminalidade no país.

"Precisamos de mais soldados para lutar nesta guerra (...) Setenta por cento da cocaína mundial sai pelo Equador, precisamos da ajuda das forças internacionais", disse à BBC.

Ele também anunciou uma aliança com Erik Prince, fundador da empresa americana Blackwater, que ameaçou matar Nicolás Maduro para reivindicar o prêmio de US$ 25 milhões do Departamento de Estado dos EUA.

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