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Zé Lezin faz show em Pendências e, sem querer, entrega o roteiro da cidade: “Na política, nada muda”



Se tem uma coisa que Pendências aprendeu na noite do dia 23 de junho, é que humorista não tem freio… nem filtro! E quem pensou que ia só dar risada, acabou levando também umas indiretas bem diretas.

O humorista Zé Lezin subiu ao palco no centro da cidade e, antes mesmo de terminar os primeiros cinco minutos de piada, já largou essa pérola que ecoou mais forte que foguete de São João:

— “Na política, muitas coisas são muito engraçadas. Todo dia dizem que vão mudar… Mas o que mudou? Não mudou foi nada! Na política nada muda.”

Pronto. Foi nesse momento que o povo, que até então tava sorrindo, começou a olhar de rabo de olho pro lado, conferindo quem tava suando mais: se era do calor do palco ou do aperto no juízo dos que estavam sentados na frente, principalmente quem veste a camisa da gestão. Teve ranger de dentes, pigarro disfarçado, cruzada de braços desconfortável… O famoso aperto no caneco coletivo.

Agora, polêmica mesmo já tinha começado antes do show, quando todo mundo percebeu que o evento foi marcado no mesmo dia do tradicionalíssimo Festival de Viola, que há 17 anos homenageia o mestre João Zacarias lá no bairro de Pendências de Cima de Cima.

A verdade é que, sim, a prefeitura até deu uma ajudinha ao Festival. Mas foi aquela ajuda que, como diz o matuto, “dá com uma mão e tira com duas”. Afinal, colocar um show do porte de Zé Lezin na praça pública, no mesmo horário do Festival, foi praticamente jogar o povo pra escolher entre rir ou ouvir viola – e, convenhamos, quem é que não gosta de uma boa piada, principalmente quando sai mais barato que uma passada no psicólogo?

O resultado? O Festival ficou com aquele clima de resistência cultural, segurando na unha uma tradição de quase duas décadas, enquanto boa parte do povo se apertava nas cadeiras do centro da cidade pra rir das piadas certeiras do humorista.

No fim das contas, o show foi bom, o humor venceu, a reflexão ficou no ar, e a certeza também: cultura boa é aquela que cabe no bolso, valoriza o povo, respeita as tradições e não vira palco de disputa de quem aparece mais.

- Redação Rádio Vale

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