"As atitudes negacionistas de chefes de Estado são um aval para que indivíduos como Maduro continuem a atuar com impunidade", escreveu Guaidó no Twitter, segundo a EFE, referindo-se às declarações de Lula da Silva, segundo as quais é "um absurdo" que países democráticos na Europa e na América não reconheçam a legitimidade do resultado eleitoral de 2019, vencido por Maduro.
"Lula ataca-me para evitar o que é evidente; ele branqueia e apoia quem está sinalizado por torturar a oposição, por terrorismo e narcotráfico e por criar a maior crise de deslocados no continente", escreveu Guaidó, que foi reconhecido como Presidente da Venezuela por mais 50 países, mas está refugiado nos Estados Unidos.
Lula me ataca para evitar lo evidente: el blanquea y respalda a quien esta señalado por torturar a la oposición, terrorismo y narcotrafico y por crear la crisis de desplazados mas grande del continente.
— Juan Guaidó (@jguaido) May 29, 2023
Presidente @LulaOficial puede atacarme, pero hablará de elecciones y DDHH? https://t.co/69g1MAleaB
O Presidente brasileiro reconheceu esta terça-feira o seu homólogo, Nicolás Maduro, como legítimo representante da Venezuela e defendeu que sejam os cidadãos venezuelanos a escolher os seus governantes numa "votação livre".
Lula da Silva referiu-se às eleições venezuelanas depois de criticar os países europeus e os Estados Unidos, que reconheceram em 2019 o opositor Juan Guaidó como Presidente da Venezuela, convidando Maduro a construir uma "narrativa" para se opor às críticas internacionais.
"Está no seu poder a Venezuela fazer a sua própria narrativa e voltar a ser um país soberano, onde apenas o seu povo, por meio de um voto livre, diga quem deve governar. E então nossos adversários vão ter que se desculpar pelo estrago que eles fizeram", disse Lula da Silva, numa declaração em Brasília ao lado do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
A nação caribenha deverá realizar eleições presidenciais em 2024.
Numa conferência de imprensa na sede do Governo brasileiro, Lula da Silva também se declarou favorável à possibilidade de a Venezuela ingressar no fórum do BRICS, do qual o Brasil faz parte juntamente com a Rússia, Índia, China e África do Sul.
No entanto, o líder brasileiro destacou que cabe a todos os países do bloco discutir a possibilidade de incorporar novos membros.
O encontro entre Maduro e Lula da Silva aconteceu na véspera da cimeira que será realizada em Brasília nesta terça-feira, para a qual foram convidados os presidentes dos 12 países sul-americanos.
Estão convidados para a cimeira a Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.
A única ausente será a Presidente peruana, Dina Boluarte, que será representada pelo presidente do Conselho de Ministros, Alberto Otárola, segundo o Governo brasileiro.
Diário de Notícias
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