(Foto: Divulgação PF) |
A nova fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada sob acompanhamento do Exército, amplia o cerco à cúpula dos aliados do ex-presidente Bolsonaro, apontando que “o grupo investigado atuava em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital”.
Os mandados judiciais expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) são cumpridos nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal. E, entre outros alvos, estariam o coronel Marcelo Câmara, ex-ajudante ordens de Bolsonaro, e outro ex-assessor do ex-presidente, Filipe Martins, ambos que seriam alvos de mandados de prisões preventivas.
As medidas cautelares diversas da prisão incluem: proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de se ausentarem do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas e suspensão do exercício de funções públicas.
A PF divulgou que, o primeiro eixo da organização criminosa “consistiu na construção e propagação da versão de fraude nas Eleições de 2022, por meio da disseminação falaciosa de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação, discurso reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022”.
Já o segundo eixo do esquema “consistiu na prática de atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, através de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais no ambiente politicamente sensível”.
Os alvos da investigação podem responder por supostos crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários são de inteira responsabilidade de seus autores.