Docente se tornou réu por importunação sexual e stalking (Reprodução TJRN)
Um professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) se tornou réu por importunação sexual e stalking (perseguição) contra uma aluna de doutorado da instituição. Segundo o portal Metrópoles, Jordi Julia Casas, de 53 anos, se masturbou durante videoconferências com uma orientanda. Ele nega as acusações.
De acordo com a reportagem, o professor não chegou a exibir os órgãos sexuais na câmera, mas fez movimentos repetitivos com um dos braços enquanto a estudante falava sobre um artigo científico.
Na denúncia do promotor do Ministério Público Estadual Eugênio Carvalho, que foi aceita pela Justiça, o professor fez “movimentos repetitivos que ele fazia com o braço, trepidação, expressões faciais e aspecto ofegante, além de ter ele, logo em seguida, buscado lenços de papel e movimentado-se como se estivesse se vestindo”.
Ao notar o fato, a então orientanda e hoje doutora em Geofísica Victória Cedraz, de 32 anos, passou a gravar as aulas com o professor, como forma de ter provas do abuso.
Segundo relatos, Jordi passou a perseguir a estudante, insistindo em encontrá-la pessoalmente e por mensagens.
A importunação sexual do professor contra a orientanda aconteceu durante o ano de 2020, quando as atividades acadêmicas passaram a acontecer à distância, por conta da pandemia da Covid-19.
Já o boletim de ocorrência de Victoria contra Jordi foi aberto em agosto de 2022, após as situações de stalking. Esse tipo de crime passou a existir na legislação brasileira em março de 2021.
Segundo a lei, a prática de stalking acontece quando se persegue alguém reiteradamente ou por qualquer meio, ameaçando a integridade física e psicológica da vítima.
Em nota, o advogado do professor nega todas as acusações de forma veemente e afirma que vai confirmar a inocência dele. A UFRN, por sua vez, informou ao portal que o caso está sendo apurado por meio de processo administrativo, que corre em sigilo até a sua conclusão.
Tribuna do Norte
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