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Justiça determina que Estado do RN indenize em R$ 150 mil esposa de homem morto pela polícia



A Justiça determinou que o governo do Rio Grande do Norte indenize em R$ 150 mil, por danos morais, a esposa de um homem morto por policiais militares durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão cumprido na cidade de Pendências, no interior do Rio Grande do Norte.

O juíz Nilberto Cavalcanti, da Vara Única da Comarca de Pendências, também determinou o pagamento de pensão fincanceira à mulher, em valor que corresponde à metade da última remuneração que a vítima recebeu.

O caso aconteceu em março de 2023 na residência do casal. O juíz entendeu que a ação do homem, que tentou pular o muro durante a chegada da polícia, não justifica a ação policial (veja detalhes mais abaixo).

O casal estava junto desde 2008 e, nos autos, a autora sustentou que o seu esposo era o principal provedor financeiro do lar, razão pela qual requereu uma pensão mensal que substituísse a renda que ele possuía em vida.

Ao constatar que a vítima prestava contribuição financeira regular a dependentes, o magistrado indicou ser necessário pensão, a título de reparação de natureza material, “pois suprime-se bruscamente o sustento de quem dele dependia".

O caso

Segundo a Justiça do RN, o caso aconteceu por volta das 5 horas. O casal dormia em casa quando foi surpreendido com o chamado da equipe policial, sucedida de arrombamento, para cumprimento de um mandado de busca e apreensão.

No momento da diligência, o homem correu e tentou pular o muro da residência. Foi quando os policiais militares efetuaram os disparos que o atingiram.

Segundo o Tribunal de Justiça do RN, na decisão a esposa da vítima comprovou, com documentos, que a morte ocorreu em virtude de ferimento ocasionado por disparo de arma de fogo na região posterior do crânio - mais especificamente à altura da orelha.

"A alegação de que o homem estaria tentando escalar o muro não caracteriza, por si só, comportamento que justificasse a atuação letal dos agentes estatais”, citou o juíz na decisão.
G1RN

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