“Nem no governo privatista anterior tiveram a coragem de fazer demissões em massa, não aceitaremos que isso aconteça neste governo!”, reagiu o Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados no estado do Rio Grande do Sul (Sindppd/RS). “Vai ter luta!”, reforçou.
A reação é explicada pelo fato de a surpresa ter se transformado em desespero e revolta desses trabalhadores, diante de uma contraditória postura de etarismo no governo de esquerda, em um órgão ligado ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e presidido por Alexandre Amorim.
“Queremos chamar a devida atenção no tamanho do ataque que está sendo imposto aos colegas pela decisão da maioria da diretoria do Serpro, pois hoje são os auxiliares, amanhã poderá ser os técnicos e quem sabe, depois, os analistas”, disse o Sindppd/RS, em nota publicada ontem.
Como assim, ‘obsoletos’?
Ao alertar que haverá reunião nesta terça entre sindicatos estaduais e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Processamento de Dados, Serviços de Informática e Similares (Fenadados), o Sindppd/RS estranhou que somente ontem a direção do Serpro tenha resolvido cumprir decisão de 2011 de colocar o cargo de auxiliar “em extinção”.
A medida foi considerada pelo sindicato gaúcho da categoria como “autoritária, discriminatória e abusiva”, por demitir pessoas trabalhadoras que haviam “sobrado” dos cortes de 2011, num total de aproximadamente 6 mil no país.
A Direção do Serpro ainda foi criticada por escrever, na nota em que divulgou as demissões, que “reconhece e respeita o histórico e a contribuição de todos os auxiliares ao longo dos anos”.
“O Sindppd/RS manifesta seu repúdio à decisão arbitrária e inaceitável da diretoria do Serpro e se solidariza com todos os colegas. A maioria dos auxiliares demitidos são mulheres numa faixa etária considerada ‘obsoleta’ para o mercado de trabalho. Essa decisão não condiz com as notas que a empresa vem divulgando de respeito à diversidade, contra o etarismo e outras balelas”, reagiu o sindicato.
Trabalhadoras e trabalhadores foram conclamados a promover uma grande união para enfrentar a medida que coloca, em risco, a dignidade de centenas dos colegas. E o Sindicato e a Fenadados programam para breve uma assembleia para organizar as reações contra essas demissões, e pede o apoio e da participação da categoria.
“Fiquem atentos aos chamados do sindicato, da Coordenação Nacional dos sindicatos e FENADADOS. Vamos resistir com muita unidade e luta!”, prometeu o Sindppd/RS.
Diário do Poder
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